[RESPOSTA] ATIVIDADE 2 – JOGOS, BRINQUEDOS E BRINCADEIRAS – 53_2025

Partindo do entendimento de que há diferentes infâncias, diversas culturas lúdicas e distintas possibilidades de experiências educativas com os jogos, brincadeiras e brinquedos. Destacamos o potencial de resistência do lúdico; da ocorrência deste em diferentes culturas; da superação da concepção de um ideal de infância e de cultura lúdica; e a possibilidade de recriar ações sistematizadas com jogos, brinquedos e brincadeiras, buscando ampliar o repertório de atividades educativas.

NATALI, P. M. Jogos, Brinquedos e Brincadeiras. Maringá: Unicesumar, 2018.

Considerando as experiências de intervenções apresentadas no nosso material didático, podemos afirmar que, de modo geral, nossas intervenções com jogos e brincadeiras devem considerar primeiramente em seu planejamento aspectos como:

As brincadeiras são fontes de aprendizagem para as crianças. Desde o início da vida, nos primeiros contatos com os pais ou responsáveis se tem interação, e esta interação pode se expressar através de brincadeiras.

MALUF, Â. C. M. Brincar prazer e aprendizado. Petrópolis, RJ: Vozes, 2003.

Nas brincadeiras as crianças podem desenvolver algumas capacidades importantes, tais como a atenção, a imitação, a memória, a imaginação. Amadurecem também algumas capacidades de socialização, por meio da interação e da utilização e experimentação de regras e papéis sociais.

BRASIL. Ministério da Educação e do Desporto. Secretária de Educação Fundamental. Referencial curricular nacional para a educação infantil: formação pessoal e social. Brasília: MEC/SEF, 1998. v. 2.

O processo de construção e formulação dos Direitos Naturais do Homem e do Cidadão, elaborados nos séculos XVII e XVIII, possibilitou a conquista de um novo patamar de desenvolvimento para a humanidade. A Revolução Industrial, o desenvolvimento das ciências médicas, a urbanização, entre outros fenômenos sociais, foram modificando a vida em sociedade e, por consequência, a maneira de tratar as crianças, que durante muito tempo foram tidas como adultos em miniatura.

Fonte: NATALI, P. M.; COSTA, L. B. B. Jogos, Brinquedos e Brincadeiras. Maringá: Unicesumar, 2022.

Sobre o direito de brincar nas legislações, avalie as asserções a seguir:

I. Apenas em 1959, por meio da Declaração dos Direitos da Criança da ONU é que o “brincar” apareceu como um direito propriamente direto.
II. Um avanço ocorreu na Convenção Internacional de Direito da Criança, a qual delimitou sobre a garantia de lazer, tempo para estudo, tempo para lazer, tempo livre e repouso.
III. ​As primeiras leis que visam a infância no Brasil foram os Códigos de Menores dos anos de 1927 e 1979, porém, não eram boas legislações, visto que autuavam sobre punições, principalmente em criança abastadas.

É correto o que se afirma em:

A questão da classificação dos jogos e brincadeiras não pode ser considerada como uma limitação ou amarra, afinal, tratamos de um patrimônio cultural: o jogo e a brincadeira. Assim, uma brincadeira pode estar relacionada em diferentes classificações, e tratamos dessas tipologias com o intuito de nos instrumentalizarmos sobre este conteúdo e não de limitá-lo ou segmentá-lo.

NATALI, P. M. Jogos, Brinquedos e Brincadeiras. Maringá: UniCesumar, 2018.

A partir de uma proposta de classificação de jogos que tem como princípio a idade e o desenvolvimento saudável da criança elaborada por Blumenthal (2005), avalie as afirmativas abaixo:

I. A classificação é apenas um conteúdo teórico, pois na prática todas as crianças de todas as idades têm condições de realizar as mesmas atividades.
II. Uma classificação dos jogos não se faz importante no trabalho com as crianças, pois todo movimento é importante, e como educadores devemos estimular apenas aqueles movimentos e jogos que as crianças já sabem realizar.
III. Uma classificação que contemple as diversas possibilidades de movimento pode ser organizada como: brincadeiras de corrida e salto; brincadeiras com bola; brincadeiras de força e agilidade; brincadeiras de esconder; brincadeiras de cantar; brincadeiras educativas especiais e brincadeiras de movimento espontâneo.

É correto o que se afirma em:

A história do brinquedo, do jogo e da brincadeira e tão antiga quanto possamos ter acesso ao registro da história da humanidade. Se tivermos acesso aos museus, podemos identificar objetos que são considerados brinquedos de tempos longínquos como piões, bonecas e bolas, o que nos mostra que muitas manifestações desta natureza se mantem nos tempos e são transmitidas de geração em geração.

NATALI, P. M.; COSTA, L. B. B. Jogos, Brinquedos e Brincadeiras. Maringá – PR.:Unicesumar, 2022. 164 p.

Considerando o texto acima e seus estudos na disciplina, assinale a alternativa que contenha uma atividade lúdica descrita por Ariés (1981):

É através das brincadeiras que as crianças realizam suas primeiras escolhas e aprofundam temas e assuntos vivenciados pelos adultos, os quais no decorrer do tempo as mesmas necessitam compreender. O brinquedo possibilita o desenvolvimento total da criança, já que ela se envolve afetivamente no seu convívio social. A brincadeira faz parte do mundo da criança. Ou seja, a brincadeira é peça fundamental para o desenvolvimento intelectual da criança.

NATALI, P. M.; COSTA, L. B. B. Jogos, Brinquedos e Brincadeiras. Maringá: Unicesumar, 2022.

Sobre jogo, brinquedo e brincadeira, avalie as afirmações abaixo:
I. O jogo apresenta regras menos rígidas que a brincadeira e segundo a literatura, essa é a principal diferença entre os conceitos.
II. Para Kishimoto, existe certa separação entre o conceito de jogo e de brinquedo, visto que o brinquedo apresenta algumas regras organizadas para a prática de brincar, que o jogo não detém.
III. Bets. Pega-pega, bola queima e caça ao tesouro são exemplos de atividades relacionadas ao jogo.

As afirmações I, II e III são, respectivamente:

Na Unidade 4, discutimos sobre a influência que as crianças recebem de diversos ambientes, a partir dos quais é exercido um papel educador sobre elas. Dentre eles, está o espaço da mídia, que coloca sobre os pequenos consumidores um olhar promissor e rentável.

NATALI, P. M. Jogos, Brinquedos e Brincadeiras. Maringá: Unicesumar, 2018.

Assim, com base nessa informação, analise as asserções a seguir e a relação proposta entre elas:

I. A aprendizagem midiática implica a padronização, não apenas do consumo de brinquedos, mas de alimentos, vestuário, de concepção de mundo, de ideais, sonhos e comportamentos.

II. Temos muitas possibilidades interventivas com o brinquedo, como o pensar sobre o contexto de produção do brinquedo que temos acesso com os alunos ou sobre o brinquedo que, momentaneamente, eles tanto desejam.

A respeito dessas asserções, assinale a alternativa correta:

A brinquedoteca é um espaço pensado para o brincar. Segundo Cunha (1992), elas são originárias do século XX, com a origem nos Estados Unidos, Suécia, Inglaterra e Canadá. O surgimento das brinquedotecas está ligado à crise econômica. A primeira delas oferecia brinquedos “emprestados” para que o desejo de brincar não fosse empecilho à impossibilidade de adquiri-los.

CUNHA, N. H. S. Brinquedoteca: definição, histórico no Brasil e no Mundo. In: FRIEDMANN, A. O direito de brincar: a brinquedoteca. São Paulo: E. Scritta, 1992.

Sobre a brinquedoteca e suas relações com o brinquedo na atualidade, analise as afirmações a seguir:

I. Ainda hoje, milhares de crianças têm, como empecilho ao seu desejo de brincar, a impossibilidade de ter brinquedos. Essa é uma das contradições que permitem, na sociedade atual, termos diferentes infâncias.
II. Na Inglaterra, passaram a funcionar, a partir de 1967, as Toy Libraries, com sentido inicial de empréstimo de brinquedos. Esse empréstimo tem um fator importante na relação da criança com o brinquedo, colaborando com seu desenvolvimento: o pertencimento ao espaço.
III. No Brasil, o início das brinquedotecas aconteceu por intermédio do brincar de crianças com deficiências.

É correto o que se afirma em:

O jogo também e considerado uma atividade voluntaria que nos dispomos a realizar e também se caracteriza pela liberdade. Para o Huizinga, “...o jogo não é vida ‘corrente’ nem vida ‘real’. Pelo contrário, trata-se de uma evasão da vida ‘real’ para uma esfera temporária de atividade com orientação própria”.

HUIZINGA, J. Homo Ludens. 4. ed. São Paulo: Perspectiva, 2000.